quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Um texto que deveria ser lido, mas certamente não será.

Sabem, amigos, eu poderia falar sobre música, arte, me tornar mais uma dessas pessoas sabichonas da internet que fazem que fazem questão de dar sua opinião sobre todo e qualquer assunto, poderia falar sobre preconceito e religião, espalhando a palavra de Deus em quem acredito, independente de sentir o dever de fazer isto ou não, desrespeitando a parte "não atirai pérolas aos porcos", como também poderia fazer parte do monte de ateus que se acham injustiçados e desrespeitados, mas adoram fazer piadinhas sobre crenças alheias. Eu poderia, amigos, lembrar que não tenho palavras para descrever o quão ridícula é uma menina de 13 anos que beija 14 meninos em uma baladinha e quer falar sobre relacionamentos, sexo, amor e coisas como ser uma mulher ou um homem de verdade. Sim, eu poderia. Poderia descarregar em um texto, tudo o que penso sobre modas, homossexualidade e homofobia ou gente que "odeia o Brasil" mas nunca soube fazer nada de bom para colaborar com ele. Eu realmente deveria expressar todo meu ódio por gente que menospreza, julga, maltrata e se vê como superior a quem quer que seja. Talvez eu até causasse polêmica se dissesse que são raríssimas as coisas que me deixam admirada, atualmente. Eu deveria dizer que vocês ás vezes nem tem tanta moral assim para julgar uma mulher que mata um cachorro, mas parece muito cômodo, e por isso vocês fazem. Talvez eu devesse lembra-los de que vocês não são as únicas pessoas com problemas e fases difíceis neste mundo, sendo que já existem, vejam só, pessoas que perdem 100% do movimento do corpo, e continuam conscientes, vendo a vida passar diante dos olhos, sem poder fazer nada; ou então, pessoas que ainda podem dominar o corpo, mas não a mente, por que já está consumida pela 'pedra'. Talvez. Eu bem gostaria de argumentar sobre milhões de coisas que acho que vocês fazem de maneira errada, mas por que eu faria isso? E quem sou eu, ou que direito eu tenho para fazer isto? Nenhum. E é por isso, meus caros, que eu prefiro mesmo me conformar em fazer histórias teoricamente engraçadas apenas para o divertimento, que serão cultuadas pelos amigos legais que tenho, criticadas e classificadas como lixo literário de quinta categoria por pseudo-intelectuais, moralistas, hipsters e caras chatos, e comentada unicamente por membros da minha família. Pois é. Não há decadência, por que nunca foi melhor.